O Dia Que eu Beijei Cocô do Meu Bebê

O Dia Que eu Beijei Cocô do Meu Bebê

beijei o coco do meu bebeSim isso mesmo que você leu, eu beijei o cocô do meu bebê. Sabe aquela coisa que temos na boca chamada de lábios. Então, foi isso mesmo que eu usei para beijar. Vou contar a história para vocês:

Parecia uma tarde comum. Aliás, comum não porque fazia sol na Irlanda, sem vento e uma temperatura perto de 30 graus. Isso é raro aqui.

Depois de uma manhã gostosa de brincadeira: moldar areia da praia, estourar bolinhas de sabão, jogar futebol com a mamãe, ele almoçou e dormiu.

Muitas vezes o que eu faço quando Eric dorme pouco de tarde, é deixa-lo lá em cima brincando (moro em uma casa de dois andares e os quartos ficam no andar de cima). Se ele chora, eu subo as escadas correndo, mas se ele tá tranquilo brincando no quarto dele, por que não?

Pois bem, no dia 18 de junho de 2015 essa folga extra que eu ganho na malandragem foi por água abaixo. Quieto demais, eu já deveria desconfiar. Olhei pela babá e não consegui ver onde ele estava.

Fui lá em cima e assim que cheguei ele saiu do quarto de hóspedes e veio ao meu encontro. Segurei ele contra o corpo e desci. Larguei ele e fui preparar o leite quando ele começa a chorar. Havia prendido os dedinhos em uma caixa de guardar brinquedos, tentou abrir e sentou em cima ao mesmo tempo. Larguei tudo e fui ao resgate. Abracei e disse “vai passar, vai passar”. Dei beijo nas mãos, porque beijo de mãe cura tudo, não é? Pelo menos é isso que eu falo para ele hehehehe. Quando eu estava beijando aqueles pequenos dedinhos que aprontam várias eu percebi algo de errado. Eu percebi que aqueles dedos tinham aprontado mais uma. Percebi que havia cocô entre os dedos e embaixo da unha. Olhei para ele e vi que tinha cocô na camisa, na meia, nas pernas e nos braços.

Como eu não percebi antes? Eu já tinha notado que tinha um cheiro estranho, um cheiro de azedo. Primeiro pensei “Será que ele vomitou?” e depois olhei a fralda e vi que tinha um cocô, então concluí que era isso e pronto. A quantidade de cocô nele não era grande, então não dava para notar em uma primeira olhada.

Fiquei com medo de subir novamente e ver o estrago que me esperava no andar de cima. Mas respirei fundo e fui verificar. O quarto de hóspedes foi o mais danificado. Tinha cocô no chão (que é carpete), na janela (que vai até o chão) e nos móveis. Uma bagunça só. Deu um desespero ver aquela cena e trabalho para limpar.

No meio desse desespero todo eu não tinha me atentado para o fato que eu beijei cocô do meu bebê, cocô esse que por obra do destino (ou seria obra do azar?) ele tinha nos dedinhos dele quando fui dar um beijo para sarar o dodói.

Hahahaha é claro que quando eu me toquei eu fui lavar a boca.

Coisas que só mãe passa, viu?! Oh vida de mãe!